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Dengue

Número de casos positivos cresce e procura em unidades de saúde preocupa


           Um dos últimos informes epidemiológicos divulgados pela Secretaria de Estado da Saúde de Santa Catarina (SES), nesse mês de maio, por meio da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (DIVE), revelou que foram registrados 245.073 casos prováveis em 278 municípios do Estado, representando um aumento de 222,81% comparando com o mesmo período do ano passado.

            Em relação aos óbitos, foram confirmadas 151 mortes por dengue e outras 50 permanecem em investigação pela Secretaria Municipal de Saúde com apoio da Secretaria de Estado da Saúde. Além disso, o informe revela que foram identificados 36.654 focos do mosquito Aedes aegypti em 244 municípios. Dos 295 municípios catarinenses, 166 são considerados infestados pelo vetor.

            A SES reforça que a principal medida de prevenção contra essas doenças, é a eliminação de possíveis criadouros do mosquito Aedes aegypti, que são os locais com água parada.

Procura por ajuda

            O diretor da DIVE, João Augusto Brancher Fuck, ressalta que ao perceber os primeiros sintomas, deve-se buscar atendimento em uma unidade de saúde mais próxima de sua residência. “Os sintomas mais clássicos são: febre, dor de cabeça, manchas vermelhas pelo corpo, dor atrás dos olhos, dor no corpo”, destaca. A hidratação, com muita água, deve começar imediatamente e o atendimento logo nos primeiros sintomas é fundamental para evitar que a doença se agrave. Também é importante não tomar remédios por conta própria sem uma avaliação do serviço de saúde.

Maravilha

            Mesmo com várias medidas e ações, preventivas e de orientações, até no último dia 13, segunda-feira, o município de Maravilha já somava 801 casos positivos confirmados para Dengue. A secretária de Saúde Miriane Sartori relata que na semana que passou foram atendidos por dia, entre 40 a 50 sintomáticos nas Unidades de Saúde. “Usar repelentes, tanto para não contrair a doença, como também para não transmitir ao mosquito, caso apresente sintomas. Não deixe água parada. Procurar o hospital somente para casos de urgência/emergência, como por exemplo sangramento de mucosa e vômito persistente”, reforça a secretária.

           

Fevereiro

            O ano de 2024 já iniciou com a Secretaria Municipal de Saúde de Maravilha confirmando os primeiros 12 casos de dengue. Os casos foram confirmados em meio a um aumento expressivo no número de focos do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue.

Março

            Seguindo em março, a prefeitura de Maravilha declarou situação de epidemia de dengue. A medida foi adotada devido ao aumento de casos da doença no município. Com 91 pacientes confirmados e 13 aguardavam resultado, Maravilha estava em situação de alerta. A secretária de Saúde Miriane Sartori destacou que a medida integrou o plano de enfrentamento à dengue. “Os agentes de endemias realizam diariamente visitas em imóveis, para localizar e eliminar os focos do mosquito. Além disso, estamos realizando aplicação de UBV/Fumacê em pontos com focos do mosquito.

            A solicitação da Sala de Situação de Combate à Dengue é para que os munícipes façam a limpeza de seus terrenos e eliminem focos do mosquito. Também é recomendado o uso de repelente. Evitar o acúmulo de água em garrafas vazias, pneus, vasos de plantas, baldes, calhas e cisternas é fundamental para garantir a segurança de todos.

Hospital

            Conforme o profissional Ivo Andrey Santin, chefe do setor de emergência, nos últimos dias tem muita gente vindo até o Hospital São José, sendo que a cada 10, 8 pessoas tem sintomas de dengue. “Finais de semana tem muita gente procurando a unidade, por isso salientamos que venha até o hospital somente em caso de extrema necessidade. O tratamento de dengue é baseado no protocolo do Ministério da Saúde. A gente classifica em A, B, C e D, em que dependendo do estado do paciente a medicação pode ser soro via oral, ou ainda intravenoso. E aí às vezes tem que internar, então classificamos no momento da consulta”, relata.

            O profissional ainda explica que o quadro do paciente com dengue não vai se resolver de um dia para o outro. “Ele se resolve com repouso, a fraqueza é persistente, assim como a dor no corpo. Quanto mais se movimenta é pior. Por isso o tratamento é repouso. Se faz necessário ingerir bastante líquido, de preferência água, evitando refrigerantes e bebidas alcoólicas. As refeições precisam ser mais leves”, orienta. Santin ainda recomenta que somente em casos de sangramentos, desmaios deve-se optar pelo pronto socorro. Caso contrário, tem que procurar um posto de saúde para que se possa fazer a notificação. Seguindo depois para a procura do foco do mosquito. A partir daí se inicia a busca, com algumas perguntas, entre elas onde a pessoa fica a maior parte do dia, no trabalho ou em casa? Como o mosquito não se desloca em uma área muito extensa, o foco deve estar por perto, na própria casa ou local de trabalho ou a vizinhança.

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